sábado, 23 de setembro de 2017

VAMOS CONTAR MENTIRAS? TANCOS E CAMPANHA ELEITORAL DAS TANGAS



Já não é bom dia, é boa tarde, assim devemos saudar-vos por esta hora (18:30). Hoje não é um dia útil porque é sábado, mas também não é um dia inútil. Por esta hora muitos desgraçados estão a laborar, fedidos – porque suados – e mal pagos. Muito mal pagos porque até mesmo os muito pequenos empresários têm em mira vir a ser maiores empresários… E os ordenados paupérimos, os part-times, os truques e expedientes que visam a exploração dos que trabalham por conta de outrem sempre dão jeito no percurso de atingirem a meta do enriquecimento aos patrões. Não são todos assim mas são demasiados. Pois.

Fique sabendo: a seguir vem por aí o Expresso Curto. Martim Silva é quem o serve. Refere os destaques do órgão do tio Balsemão, para além do pâncreas, do baço, da vesícula e outros acessórios que ele tem poupado ou se calhar já trocou por uns novos. Talvez na mira de ultrapassar o Manuel de Oliveira e os seus (dele) 105 anos. Manuel, esse ex-egocêntrico… porque se finou com aquela idade. O tio Balsemão é capaz de ir mais além na longevidade com aquela técnica de trocar órgãos velhos e gastos por novos. O dinheiro dá muito jeito, não é?

Bem, mas adiante, que se faz tarde e daqui a pouco já é noite.

Hoje há a celeuma de Tancos e do armamento que foi rapinado e que decerto deu uns valentes cobres a uns quantos. É a história de Tancos. E eles a julgarem que somos todos mancos cerebrais. No Expresso é tema, blá-blá-blá.

Antes ainda há a abordagem às eleições autárquicas e respetiva campanha eleitoral. Um período avantajado em comparação com uma peça de teatro com o nome de “Vamos Contar Mentiras” – com Otávio de Matos e Luís Aleluia. Mentiras, o costume.  As tangas da direita em desespero. Só cai quem quer ou é mesmo um grande calhau com dois olhos… ou cego. Passos fala, fala, fala… Já se esqueceram que aquele super-aldrabão nos pôs a pão e água? Pois. Alguns já, esses são calhaus sem memória?

Adiante… Adiante está a prosa do Martim no Curto fora de horas. Boa tarde, bom domingo porque o sábado já era. Leiam, é sempre bom saber coisas que ali constam. É, não é? Então continue a ler.

MM | PG

Tancos, autárquicas, Merkel e Philippe Starck (os meus destaques do Expresso)

Martim Silva | Diretor executivo | Expresso

Bom dia,

Hoje é sábado, 23 de setembro, e estes são os meus destaques da edição do Expresso desta semana. Boas leituras

Vamos começar pelas autárquicas. Falta uma semana e um dia para os portugueses irem às urnas e os motores das campanhas estão nesta altura no máximo. Todos sabemos que são 308 eleições locais, com os seus candidatos e contextos próprios. Mas também sabemos que nestas eleições muitos dos olhos estão centrados no resultado que o PSD de Passos Coelho vai conseguir a nível nacional.

Vários dos textos e dos trabalhos desta edição do Expresso olham por isso mesmo para o que se passa entre os sociais-democratas:

-Passos e Costa entram em força na campanha
-O PSD em PREC: Processo de Ruralização em Curso
-Reportagem com as campanhas ‘alternativas’ de Marques Mendes e Luís Montenegro.
-Por dentro da campanha de Cristas.
-Reportagem em Almada, o bastião comunista na margem sul onde a geringonça não se entende.
-As sondagens do Expresso, que mostram uma vantagem clara de Basílio Horta em Sintra, uma vantagem de Bernardino Soares em Loures (e com André Ventura a não descolar), e ainda Matosinhos, em que o regresso de Narciso Miranda não convence e é a candidata oficial do PS, Luísa Salgueiro, quem vai à frente.

Mas, como dizia o outro, há mais vida além das autárquicas.

Ainda sobre o roubo de material militar dos paióis de Tancos, revelamos o conteúdo de um relatório secreto dos serviços secretos militares (passe o pleonasmo) que aponta um conjunto de possibilidades para o que se passou. E não poupa os responsáveis políticos e militares, referindo-se de forma particularmente dura a Azeredo Lopes e Rovisco Duarte.

Ainda sobre Tancos, António Costa foi dar um puxão de orelhas aos deputados do seu partido pela forma como entende que aqueles não têm defendido devidamente o ministro da Defesa.

Agora que termina a época de incêndios, revelamos como este ano a ajuda pedida por Portugal a Espanha, para cedência de meios aéreos no combate aos fogos, bateu todos os recordes neste ano de 2017. Num ano pedimos mais ajuda que nos dez anos anteriores somados. Somados.

Um responsável do governo espanhol diz mesmo que a ajuda foi tanta que Portugal parecia uma província espanhola. Uma frase que não é propriamente agradável de ouvir.

Com base em dados e artigos científicos, é muito curioso este artigo em que se demonstra como a área cultivada do planeta está pela primeira vez, desde que os dados são recolhidos, a diminuir. Parece bizarro mas é mesmo assim.

Lembra-se do caso da fuga de informação no caso do exame de português? Pois, fomos atrás da história e descobrimos quem é a suspeita para a justiça. Nada mais nada menos que a responsável da associação de professores de português.

Quando passam praticamente quatro décadas da criação do Serviço Nacional de Saúde, o ‘pai’ do sistema, António Arnaut, juntou-se com João Semedo, médico e antigo dirigente do Bloco de Esquerda e os dois juntos apresentam uma proposta de revisão do SNS. Para dar mais poder e aumentar o papel do Estado. O Expresso juntou-os e falou com eles.

Na Economia, destaco os dois temas mais fortes que fazem a capa do caderno.

A notícia dando conta de que Cascais anuncia projeto de €50 milhões e 2500 empregos. O novo centro de serviços partilhados da Nestlé, que servirá toda a Europa Ocidental, é parte fundamental da recuperação do espaço ainda ocupado pela fábrica da Legrand

Lucros da banca podem disparar com dívida em 2018

A subida do rating da República para fora do nível de ‘lixo’ foi uma boa notícia para a banca portuguesa. Não só porque facilita o financiamento da economia em geral e permite que os bancos também tenham subidas de notação — como aconteceu com o BPI e Santander esta semana na Standard & Poor’s — mas também porque valoriza as suas carteiras. Sempre que os juros (yields) da dívida pública descem é sinal que a sua cotação está a subir e isso traduz-se em ganhos para os investidores. Os bancos nacionais detêm importantes posições em dívida pública nacional — cerca de €59 mil milhões no total, segundo os últimos dados do Banco de Portugal — e podem tirar partido desta valorização. Até porque as regras contabilísticas vão mudar em 2018, com a entrada em vigor das IFRS9 (International Financial Reporting Standards 9), e isso dá uma margem adicional aos bancos.


Na Revista, esta semana temos um especial moda e design. Que conta com um perfil de Tom Ford e uma entrevista a um dos mais icónicos designers de moda do planeta.
E que conta sobretudo com uma excelente entrevista a Philippe Starck. O designer de reputação mundial que há quatro anos se mudou para Portugal e veio viver para Cascais. Starck abre as portas da sua casa ao Expresso e conta como é a sua vida no país. E se gosta de elogios ao seu país, que tal este: “Portugal é o único país do mundo onde ainda existem valores humanos, respeito e honestidade”.

Ainda na Revista, destaque para o ensaio do Henrique Raposo sobre a Alemanha de Merkel. Nas vésperas das eleições que devem confirmar a manutenção da chanceler no poder por mais quatro anos. No primeiro caderno pode também ler a reportagemda Cristina Peres na Alemanha. As eleições são este fim de semana.

A ferver está também a situação na Catalunha e o Expresso tem lá o Pedro Cordeiro em reportagem.

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