O
líder do PCP disse hoje que a manifestação do 1.º de Maio em Lisboa foi
"um dos maiores desfiles da Europa e com certeza do mundo" ,
assegurando que o objetivo da concentração é "derrotar a direita".
Jerónimo
de Sousa falava aos jornalistas pouco antes de integrar a manifestação do 1.º
de Maio, na Avenida Almirante Reis, em Lisboa.
"Eu
creio que é uma grande manifestação, e com sentido da proporcionalidade é dos
maiores desfiles de 1.º de Maio na Europa e com certeza no mundo", disse,
acrescentando que o objetivo da concentração foi "derrotar a
direita".
""Derrotar
a direita e conseguir uma rutura e uma mudança na vida política nacional",
disse, sublinhando que a manifestação tem "uma grande importância porque é
gritada pelos próprios trabalhadores".
Questionado
sobre se a manifestação lhe dá ânimo num ano de eleições legislativas, o
dirigente comunista disse que sim.
"É
isto que nos dá muita confiança e muita esperança de que é possível a mudança,
de que é possível uma política alternativa, patriótica e de esquerda",
frisou.
Porque,
para Jerónimo de Sousa, "Portugal não está condenado a esta política de
sacrifícios, de injustiças e de desemprego [política do Governo]".
Tal
como o primeiro 1.º de Maio ratificou a Revolução de Abril, este 1.º de Maio
vai ratificar a esperança e a confiança", disse.
Questionado
sobre a greve dos pilotos da TAP, o líder comunista disse que apesar de a greve
poder "merecer algum reparo crítico em relação a algum dos objetivos, isso
não pode levar a desviar da questão central que é quem desencadeou este
conflito".
"Quem
é responsável pela desestabilização é o Governo com o seu anúncio de
privatização da TAP, da entrega daquele património nacional, de uma empresa de
bandeira, que emprega 12.000 trabalhadores, uma empresa que estabelece as
relações lusófonas e que tem este 'know how'", acrescentou.
"Porque
é que querem privatizar, porque é que estão, por exemplo, a financiar os 'low
costs' e não financiam a TAP para se poder reestruturar", questionou
Jerónimo de Sousa, acrescentando que se o Governo acabar com a pretensão de
privatizar a empresa o conflito laboral terminará.
Lusa,
em Notícias ao Minuto – foto José Sena Goulão / Lusa, em JN
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