segunda-feira, 12 de maio de 2014

400 MERCENÁRIOS DA BLACKWATER NA UCRÂNIA




A junta neo-nazi de Kiev tem agora 400 mercenários da Blackwater e Greystone a operarem no terreno, anunciam os media alemães . São eles que conduzem os massacres de populações civis no leste da Ucrânia, enquadrando a tropa regular e os paramilitares neo-nazis (Svoboda e Right Sector). 

A contratação de mercenários estrangeiros constitui uma escalada para uma guerra civil generalizada e uma provocação contra uma potência nuclear. O jogo do imperialismo, ao animar os seus títeres de Kiev, é insano. Registe-se o papel subalterno e servil da UE, caudatária dos EUA mesmo contra os seus próprios interesses.

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2012 – Pobreza em Portugal: nada de novo, mas tudo piorou



Maria João Behran* - Revista Rubra

Os recentes números sobre a pobreza em Portugal não trouxeram nada de novo do ponto de vista qualitativo: o estado da pobreza em Portugal já era escandaloso antes destes números. Um estudo liderado por Bruto da Costa[1] que abarcou 6 anos (1995 a 2000) mostrou que este retrato instantâneo da pobreza, que já nessa altura se situava nos actuais 18%, encobre o facto de quase metade (46%) dos portugueses ter passado pela pobreza pelo menos num dos 6 anos em análise e 6,5% ter sido pobre todo o período.

Em primeiro lugar, assinale-se o atraso com que estes dados chegam ao conhecimento público: o resultado de inquérito feito em 2013 sobre as condições de vida em 2012, é publicado no fim de Março de 2014. Acaba por distrair no relacionar desta informação com as medidas políticas que se vão tomando.

Depois, continuam os eufemismos no tratamento oficial desta questão: dizer “em risco de pobreza” em vez de pobre, quando nos referimos a um adulto que vive com menos de 409 euros mensais (para todas as despesas, habitação, alimentação, transportes, saúde, etc.) é ocultar com palavras a realidade[2]. Viver com menos do que essa quantia mensal não é risco de pobreza, é pobreza certa para 18,7% de portugueses, quase 2 milhões.

Para tornar mais fácil a interpretação dos dados, procuramos traduzir as taxas e proporções em números reais. Os cálculos não são difíceis de fazer seguindo as definições que o INE dá, e vale a pena perceber do que estamos a falar.

Os números mostram duas coisas: que o número de pobres aumentou em 2012 (de 18 para 18,7% da população) embora a fasquia para se ser considerado pobre tenha baixado: em 2011 era pobre quem vivesse com menos de 416 € mensais e em 2012 já é preciso viver com menos de 409€. Em resumo, há maior quantidade de pobres e eles são, simultaneamente, mais pobres. O que é confirmado pela taxa de intensidade da pobreza: metade de todos os pobres, quase um milhão de pessoas, viveram com menos de 297 € por mês sendo adultos, 99€ no caso de serem crianças. 

Agrava-se a situação das crianças, na continuação do que já vinha detrás: à excepção de casais com um filho único, as famílias com crianças são mais pobres que as restantes: 22,2% no geral, mas se o adulto estiver sozinho com as crianças a proporção sobe para 33,6% e se as crianças forem 3 ou mais, mesmo à responsabilidade de dois adultos, sobe para 40,4%. (Perante estes números, recorde-se o cinismo com que o governo nomeou há pouco tempo uma comissão multidisciplinar para tratar da questão da baixa fertilidade dos portugueses.)

Os desempregados também estão mais pobres: mais de 40% foi pobre em 2012. Há um ano o valor era de 38%, há dois era 36%. Mas aumentaram também os que estão empregados e se mantêm pobres: 10,5% trabalham e não saem da pobreza.

A evolução desde 2009 é pior do que à primeira vista aparece: se considerarmos a linha de pobreza ancorada a 2009, a proporção de portugueses pobres cresce para 24,7%: um quarto de todos nós. 

Um quarto dos portugueses (mais de 2,5 milhões) sofrem de privação material e para mais de 10% (1,1 milhão) a privação material é severa. Isto quer dizer que não conseguem aceder a 4 ou mais bens essenciais.[3]

Todos estes números são apurados tendo em conta as transferências sociais, pensões, abonos e prestações familiares. Sem estas medidas assistencialistas, quase metade de nós seriam pobres (47%). Há dois anos atrás eram 43%, há um ano eram 45%. A pobreza cresce sustentadamente, as medidas vão desaparecendo. 

Pegue-se na questão por onde se queira, há mais pobres e os pobres estão mais pobres. Mas os ricos estão mais ricos: os dados publicados pelo INE e Eurostat descriminam pouco, apenas nos dizem que os 10% mais ricos vivem com 11 vezes mais dinheiro que os 10% mais pobres. Tratando-se de médias, num e noutro caso, suavizam a verdadeira dimensão da desigualdade que conhecemos por outras fontes: a par do milhão que vive com menos de 409€ mensais existem os salários de topo de vários milhares de euros e remunerações de juros. Sabemos que os três homens mais ricos de Portugal aumentaram as suas fortunas.

Esta é a lógica do funcionamento do modo de produção capitalista. A acumulação de um lado não se faz sem a contrapartida da privação no outro extremo. A pobreza está longe de ser o sintoma da doença do sistema e menos ainda o sinal do falhanço das políticas sociais. Ela é, ao mesmo tempo, consequência e condição necessária do capitalismo: consequência da lei inexorável da acumulação da riqueza e condição para a sua manutenção, porque os pobres não são mais do que o exército de reserva (desempregados ou baixíssimos salários), que mantêm os salários nos níveis desejados, isto é, baixos, o mais baixo possível.  

Por isso, esperar que o governo (este ou qualquer outro dentro do sistema) resolva o problema é como acreditar no pai natal: era tão bom se existisse mesmo! Se olharmos para o mundo ocidental, se olharmos para as economias mais ricas e desenvolvidas, os países da OCDE, a UE, os relatórios e estatísticas mostram o mesmo: a desigualdade (aqui, eufemismo para persistência de pobreza) aumenta desde há 40 anos, ao mesmo tempo que o crescimento económico. Nas economias mais desenvolvidas e equilibradas da Europa (os nórdicos), a pobreza persiste em níveis entre 10 e 12%, [4] demonstrando que boas intenções e relatórios não bastam.

As chamadas políticas sociais têm-se revelado a prazo incapazes de fechar a chaga da pobreza, em Portugal e no mundo. Onde a competição impera não podemos esperar que a solidariedade vingue. Nem diminuição progressiva, erradicação muito menos. Mais do que um subproduto do funcionamento do sistema, os pobres são parte integrante dele e têm a função simbólica de materializar o cenário de caos com que nos acenam todos os dias. Mas se olharmos atentamente para eles e sobretudo se os olharmos como iguais, o que vemos é o caos que este sistema semeia e produz, inevitavelmente.

* Investigadora, co-autora de A Segurança Social é Sustentável. Trabalho, Estado e Segurança Social em Portugal (coord. Raquel Varela, Bertrand, 2013) 

Notas 
[1] Costa, AB (coord) et al. Um olhar sobre a pobreza: vulnerabilidade e exclusão social no Portugal contemporâneo. Gradiva Publicações, Lisboa, 2008.
[2] O Eurostat tem alterado, no decurso das últimas duas ou três décadas, tanto os valores de definição da pobreza como a própria designação dessa condição até à substituição da palavra “pobre” pela expressão higienizada e imprecisa “em risco de pobreza”.
[3] Condição do agregado doméstico privado no qual se verifica a carência forçada de pelo menos quatro dos seguintes nove itens, devido a dificuldades económicas: a) capacidade para assegurar o pagamento imediato de uma despesa inesperada e próxima do valor mensal da linha de pobreza (sem recorrer a empréstimo); b) capacidade para pagar uma semana de férias, por ano, fora de casa, suportando a despesa de alojamento e viagem para todos os membros do agregado; c) capacidade para pagar atempadamente rendas, prestações de crédito ou despesas correntes da residência principal, ou outras despesas não relacionadas com a residência principal; d) capacidade para ter uma refeição de carne ou de peixe (ou equivalente vegetariano), pelo menos de 2 em 2 dias; e) capacidade para manter a casa adequadamente aquecida; f) capacidade para ter máquina de lavar roupa; g) capacidade para ter televisão a cores; h) capacidade para ter telefone fixo ou telemóvel; i) capacidade para ter automóvel (ligeiro de passageiros ou misto).
[4] Ver o Relatório da Primavera 2013 do Eurostat e Relatório 2008 da OCDE: “Growing unequal?”

Portugal-UE: É A DEMOCRACIA QUE ESTÁ EM CAUSA



Ana Sá Lopes – jornal i, opinião

Não há um movimento populista forte. O trabalhinho é feito pelo mainstream

Está na rua uma campanha eleitoral para as eleições europeias - duas semanas inteirinhas que deveriam servir para os cidadãos discutirem e escolherem o rumo da União para os próximos anos. Mas nem com a maior crise depois da Segunda Guerra Mundial, que está longe de estar resolvida por muito optimismo que transpire dos discursos oficiais, é possível prever que a abstenção vá diminuir. Alguns estudos admitem mesmo que possa aumentar ao inacreditável nível de 70%.

As "culpas" sobre este divórcio litigioso entre as instituições europeias e os cidadãos nacionais são repartidas. Mas a questão vem de longe: as elites portuguesas - e as outras - decidiram que a Europa deveria ser tratada como uma espécie de segredo de Estado, de que as multidões ululantes deveriam ficar à margem. Isto foi feito de várias maneiras, a começar pela linguagem. O discurso europeu foi sempre transformado num impossível esperanto - de dificílima apreensão para o cidadão comum. A complicadíssima burocracia europeia e o desinteresse da comunicação social fizeram o resto. Sobre os deputados ao Parlamento Europeu, aquilo que o cidadão comum sabe é que ganham vencimentos elevadíssimos em comparação com os módicos 700 euros que são o ordenado médio português.

Mas as elites que decidiram tudo sobre a União Europeia nas costas das populações (de Maastricht ao Tratado de Lisboa, sendo o maior dos passos a adesão ao euro), prosseguem numa cegueira que está a transformar a Europa num sítio cada vez menos democrático - se a definição de democracia continuar a ser o direito dos cidadãos a eleger quem os governa.

No que a isto diz respeito, a campanha do PSD tem sido de uma pobreza avassaladora, ignorando as causas da crise europeia e, como ontem voltou a insistir Paulo Rangel, invocando como "adversário" comum da coligação e do PP espanhol "o despesismo socialista". É penoso ouvir Rangel atribuir a crise do euro ao facto de Portugal e Espanha terem tido "governações basicamente erradas até 2011". Do lado do PS, Seguro promete o céu - menos austeridade - se os socialistas europeus forem maioritários, ignorando o essencial. Todos os socialistas europeus estão comprometidos com o Tratado Orçamental e cumpri-lo não vai diminuir num avo a austeridade em curso. Em Portugal não há nenhum movimento populista a sério. O trabalhinho vai sendo feito pelo maintream e corrói a democracia, aqui e em Bruxelas.

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Portugal: A ARTE DE INVENTAR SUCESSOS



João Galamba – Expresso, opinião

Os dados do emprego divulgados na passada sexta feira pelo INE são um exemplo paradigmático de como os sucessivos "sucessos" do programa de ajustamento se revelam, afinal, uma ilusão.

Foi assim com o ajustamento externo, que depende do empobrecimento do país (quando saímos da recessão, as importações voltam a crescer mais do que as importações); foi assim com a descida dos juros, algo que acontece em toda a periferia, incluindo a Grécia; foi assim com a chamada saída limpa, que não foi uma escolha soberana do país, mas sim o resultado dos nossos parceiros não nos terem dado alternativa. No emprego passou-se o mesmo: decretou-se um sucesso que, em rigor, não o é.

É-nos dito repetidamente que o mercado de trabalho está a recuperar e que isso prova que as reformas estruturais resultam e que a austeridade não é incompatível com a criação de emprego. Acontece que os dados do INE desmentem quaisquer ideias de retoma e de transformação estrutural da economia portuguesa. 

Quando comparado com o pior período desta crise, o emprego subiu, de facto. Mas dos 72 mil empregos criados entre 1º trimestre de 2013 e o 1º trimestre de 2014, 40 mil (55%) foram nos setores O [Administração Pública, Defesa e Segurança Social Obrigatória], P [Educação], Q [Atividades da saúde humana e apoio social]).

Tudo isto são "empregos" criados ou financiados pelo Estado, na grande maioria resultantes das chamadas políticas activas de emprego (estágios, etc. Como é evidente, as políticas activas de emprego não são necessariamente negativas, não podem é ser usadas para fabricar sucessos meramente estatísticos e muito menos para podem servir para sustentar a tese de que estamos perante uma retoma sector privado e um dinamismo induzido pelas famosas reformas estruturais.

Se olharmos para os dois últimos trimestres, ou seja para o período entre outubro de 2013 e março de 2014, constatamos que esse mesmo sector privado destruiu 100 mil empregos líquidos. A destruição de emprego só foi menor porque o Estado - directa ou indirectamente - interveio, atenuando (e mascarando) a dinâmica negativa do sector privado.

Se olharmos apenas para o primeiro trimestre de 2014, constatamos que há menos 40 mil empregos líquidos do que no trimestre anterior. A descida da taxa de desemprego para 15.1% não é, pois, um sucesso, como tem dito o governo e a sua claque (nacional e internacional). É, isso sim, uma enorme tragédia: a taxa de desemprego baixa não porque haja mais emprego, mas sim porque a população activa caiu.

A haver alguma dinâmica ela não é seguramente positiva. A tal transformação estrutural virtuosa, a que pressupunha canalizar recursos para o sector dos bens transacionáveis pura e simplesmente não existiu: desde que este governo entrou em funções, não só se destruiu mais de 350 mil empregos, como o emprego nos setores transacionáveis caiu 14%, enquanto o de bens não transacionáveis a queda foi de  5%.

Não estamos a construir nada, e só não destruimos mais porque o Estado - essa instituição que nos dizem ser um entrave ao desenvolvimento e competitividade do país - tem sido usado como paliativo.

Portugal: FALÁCIAS E MENTIRINHAS



Tomás Vasques – jornal i, opinião

Para descansar os credores, só falta reduzir o leque a dois partidos políticos e, depois de eleições, uni-los na governação, sob o alto patrocínio do senhor Presidente da República

A degenerescência do nosso regime democrático acompanha o empobrecimento generalizado, a perda de direitos laborais e sociais, a decomposição das responsabilidades do Estado na segurança social, na saúde e na educação dos cidadãos. A pluralidade de opiniões políticas é apontada como um mal do regime; a luta política contundente é considerada um obstáculo ao "interesse nacional"; a mentira e a falácia tomaram conta do discurso político dominante. Sobretudo nos últimos três anos ganhou espaço público um conjunto de ideias que em nada destoariam na "cultura política" marcelista. Já há quem se incomode pelo facto de concorrerem dezasseis partidos às eleições de 25 de Maio e pergunte ao Tribunal Constitucional se muitos destes partidos têm direito a existir. Para descansar de vez os nossos credores, só falta reduzir o leque a dois partidos políticos e, depois de eleições, uni-los na governação, sob o alto patrocínio do senhor Presidente da República - um homem que conviveu bem com a "cultura" do Estado Novo. Teríamos, então, a "democracia perfeita" em que muitos dos nossos actuais protagonistas políticos e alguns cronistas e comentadores se sentiriam como peixe na água.

Para além da falta de transparência e da opacidade do discurso do poder, chegando ao caricato de negar um aumento de imposto no momento em que o anuncia, há um embuste, repetido até à exaustão, para justificar o voraz empobrecimento destes três anos, assente em duas premissas falaciosas. A primeira: que os portugueses viviam acima das suas possibilidades; a segunda: que o governo socialista foi o responsável por essa situação. Nem uma, nem outra correspondem aos factos. Esta "interpretação da realidade" é cada vez mais desmentida, inclusivamente a partir da própria nomenclatura burocrática da União Europeia. É o caso de Phillippe Legrain, conselheiro económico de Durão Barroso, durante três anos. Ele, em entrevista ao "Público", diz o elementar: a ganância do sistema bancário está na origem da denominada crise das "dívidas soberanas" e a senhora Merkel está na origem de uma solução "inepta, errada, irresponsável e contraproducente", para utilizar as suas palavras. A dívida privada dos bancos portugueses ultrapassava, antes desta crise, os 200% do PIB, enquanto a dívida pública se situava nos 67%, ao mesmo nível da Alemã. E acrescenta: "as instituições europeias transformaram o que começou por ser uma crise bancária, numa crise que dividiu a Europa entre países credores e países devedores". Com as consequências que conhecemos: austeridade, recessão, aumento descontrolado da dívida pública, miséria. É este embuste que ainda hoje enlameia o discurso do poder e que vamos ouvir bastas vezes durante este mês de Maio.

Outro grande embuste, em que assenta o discurso do poder, é o sucesso do programa ciosa e ideologicamente aplicado pelo governo português sob a direcção da troika de credores. As metas fixadas no memorando inicial, sobretudo quanto ao défice orçamental e à divida pública, foram todas largamente ultrapassadas. O número de empregos diminuiu nos últimos trimestres, sinal de que a economia não está a recuperar, sendo os números do desemprego real propagandisticamente disfarçados com a imigração e com a classificação contabilística de "inactivos". A economia e a maioria dos portugueses estão muito pior do que há três anos e as perspectivas de futuro não são animadoras. Mas, irresponsavelmente, o governo faz a festa, atira os foguetes e corre atrás das canas, vendendo gato por lebre, a coberto de uma efémera baixa das taxas de juro, para a qual não deu o mínimo contributo. A euforia é tal que Paulo Rangel, desconhecendo a pobreza em que o seu partido lançou os portugueses, diz: "nós, lista PSD/CDS-PP, lista da coligação Aliança Portugal somos o rosto e somos a voz da sensibilidade social." Será que esta propaganda produzirá efeitos eleitorais? Penso que não. Concordo com o que escreveu Jonathan Littell, em "As Benevolentes": "Apesar do matraquear da propaganda, as pessoas continuam a ser capazes de formar as suas opiniões".

Jurista, escreve à segunda-feira

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