quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

PM DE CABO VERDE CONSIDERA “LIGEIRA” A DESCIDA DE 16 LUGARES




JSD – PJA - Lusa

Cidade da Praia, 30 jan (Lusa) - O primeiro-ministro cabo-verdiano considerou hoje "ligeira" a descida de 16 lugares de Cabo Verde no "ranking" de Liberdade de Imprensa, divulgado hoje num relatório da organização não governamental Repórteres sem Fronteiras (RSF).

"Nos resultados da avaliação feita pelos RSF devemos destacar que, apesar de ter havido uma mudança de metodologia, o que pode explicar a ligeira descida no ranking, Cabo Verde mantém uma avaliação muito boa", disse José Maria Neves aos jornalistas que o interpelaram sobre a questão.

No relatório sobre Liberdade de Imprensa dos MSF, Cabo Verde caiu da 9.ª para a 25.ª posição, facto atribuído por José Maria Neves a uma "mudança de metodologia" que, mesmo assim, não retira mérito ao facto de o arquipélago estar entre os países "totalmente livres" nesse domínio.

"Em 179 países, Cabo Verde está nos primeiros 25, é o primeiro da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) e da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) e o segundo em África", salientou.

Repetindo sete vezes a frase "ligeira descida", José Maria Neves salientou também que, "à vista desarmada", não vê "nenhum facto relevante interno" que a justifique.

"Houve uma mudança de metodologia, mas teremos de ver todos os aspetos que foram considerados no relatório. Mas as notas, as questões referentes a Cabo Verde, não dizem nada de mal", sustentou.

José Maria Neves ressaltou também que Cabo Verde está à frente de países como Portugal (28.ª posição), Estados Unidos (32.ª) e África do Sul (52.ª), lembrando, ao mesmo tempo, a descida do Canadá, que, de 10.º, passou para 20.º.

"Não terá acontecido nada de excecional que possa justificar a ligeira descida. A imprensa cabo-verdiana é completamente livre. Quando analisamos as outras sondagens e indicadores, como os do Heritage Foundation e Freedom House, o país está nos primeiros lugares das liberdades económicas e da transparência na gestão da coisa pública", sublinhou.

"Ser totalmente livre não significa que não haja problemas. Poderá haver um ou outro, mas desde que o Governo tome medidas e garanta as condições favorecedoras da Liberdade de Imprensa, o país continuará a ser totalmente livre", concluiu.

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