sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

FALTARAM LÁGRIMAS NO MAVIOSO CHORADINHO DO POBRETANAS CAVACO SILVA




ATENTE-SE EM CIMA E EM BAIXO (cena eventualmente chocante)

Portugueses, sejamos patriotas e façamos um peditório nacional plurimensal em prol da melhoria do depauperado orçamento pessoal do presidente da república, Aníbal e os Elefantes, diga-se, Aníbal Cavaco Silva. Tadinho, que está tão pobrezinho. Para mais porque até está a trabalhar de borla em Belém – o que ele não vê é que para o que faz está a dar despesa demais. Nem que seja uns gastos em pacotes de bolachas de água e sal… já é demais, não merece.

Em cima e em baixo, por quase todos os lados, atente-se no choradinho do pedinte,  para oportunamente pretextar que afinal precisa do vencimento de PR de que tão publicitariamente disse abdicar. Agora, arrependido, lá vai buscá-lo “porque não tem dinheirinho” para as suas despesas. Tadinho do descaradão. Um pobretanas patriótico que está farto e refarto de mamar à custa dos esforçados e famintos de Portugal. Tadinho dele! (AV)

Dinheiro das reformas "quase de certeza que não vai chegar para pagar as minhas despesas"

RTP

O Presidente da República diz que o que vai receber das suas reformas não será suficiente para cobrir os seus gastos mensais. "Quase de certeza que não vai chegar para pagar as minhas despesas, porque também não recebo vencimento como Presidente da República", disse Cavaco Silva, quando confrontado pelos jornalistas sobre os subsídios de férias e de Natal que poderá receber do Banco de Portugal.




Cavaco diz que reforma que irá receber "quase de certeza não vai chegar" para despesas

RTP

O Presidente da República, Cavaco Silva, disse hoje que aquilo que vai receber como reforma "quase de certeza que não vai chegar para pagar" as suas despesas, recordando que fez poupanças ao longo da sua vida.

No Porto para o primeiro de dois dias dedicados ao Norte de Portugal, Cavaco Silva foi questionado pelos jornalistas sobre o facto de poder receber subsídio de férias e de Natal pelo Banco de Portugal, tendo explicado que, "tudo somado" - o que vai receber do Fundo de Pensões do Banco de Portugal e da Caixa Geral de Aposentações - "quase de certeza que não vai chegar para pagar" as despesas, recordando que não recebe "vencimento como Presidente da República".

"Tudo somado, o que irei receber do Fundo de Pensões do Banco de Portugal e da Caixa Geral de Aposentações quase de certeza que não vai chegar para pagar as minhas despesas porque como sabe eu também não recebo vencimento como Presidente da República", disse.

"Mas não faço questão quanto a isso porque com certeza existem outros portugueses na mesma situação. Felizmente, durante os meus 48 anos de casado, eu e a minha mulher fomos sempre muito poupados e fazíamos questão de todos, todos os meses colocar alguma coisa de lado e portanto agora posso gastar uma parte das minhas poupanças e é por isso que eu não faço questão quanto a isso", enfatizou.

Relativamente aquilo que irá receber da Caixa Geral de Aposentações, o Chefe de Estado disse ter descontado "quase 40 anos" como professor universitário e também alguns anos como investigador da Fundação Calouste de Gulbenkian.

"Irei receber 1300 euros por mês. Não sei se ouviu bem: 1300 euros por mês", declarou, sobre a Caixa Geral de Aposentações.

Quanto ao Fundo de Pensões do Banco de Portugal, para o qual descontou durante quase 30 anos, Cavaco Silva disse que ainda não sabe quanto é que vai receber.

"Mas os senhores não terão dificuldade. Eu fui um funcionário de nível 18, que exerceu funções de direção", observou.

Sexta-feira, o Banco de Portugal anunciou, em comunicado, que os seus membros do Conselho de Administração abdicaram de receber os subsídios de férias e de Natal, adiantando o mesmo documento que o processamento dos subsídios aos reformados "está em suspenso", aguardando-se ainda pareceres oportunamente solicitados.

Na nota, destinada a dar "esclarecimentos adicionais" sobre o comunicado de dia 10 acerca das decisões da administração do banco central sobre "política remunerativa dos seus colaboradores", referem-se as condições em que os trabalhadores no ativo receberão os subsídios de férias e de Natal.


PORQUE NÃO TE CALAS?




Quando querem dar uma de pobrezinhos, estes senhores mostram a distância que vai entre eles e os portugueses que fazem realmente sacrifícios, além de, invariavelmente, lhes fugir a boca para a mentira (e será que não vai nunca usufruir as mordomias decorrentes de ter sido Presidente da República ?).

Eis a última tirada do “precário” Cavaco Silva:


DESMISTIFICAR MENTIRAS E DEMAGOGIA DE PASSOS COELHO



Carlos Fonseca - Aventar

O primeiro-ministro é pródigo no uso da mentira e da demagogia. As nomeações políticas constituem dos capítulos mais obscuros da governação a que preside. O recurso à demagogia é outro inaceitável instrumento de comunicação – e propaganda – do actual governo. Vamos por partes.

Nomeações políticas

Há notícias a divulgar a nomeação de Vasco Graça Moura como novo presidente do CCB, sucedendo ao seu amigo e igualmente nomeado na lógica ‘tachista’ do ‘centrão’, António Mega Ferreira. Trata-se, pois, de mais uma nomeação política, ao que se percebe feita sob proposta do Secretário de Estado da Cultura, o putativo Francisco José Viegas; a somar a outras, como esta aqui denunciada.

Na trôpega encenação de há dias, na iniciativa “Made in Portugal” do DN, Passos Coelho exibiu quadros e números ilusórios. Os nomeados pelo seu governo, com base em critérios de filiação partidária no PSD ou CDS, já constituem um conjunto de várias centenas. E, porém, a coisa não vai ficar por aqui. Espere-se até 31 de Março pelas assembleias-gerais e finais de mandato de gestores públicos e, então, será o tempo de conferir os saldos e reconfirmar que Coelho mente e de que maneira.

A demagogia do discurso perante os cidadãos e a AR

Com o discurso inspirado nos “amanhãs que cantam”, Passos Coelho, diz-se aqui, terá deixado aos parlamentares a mensagem:

2012 pode marcar primeiro excedente comercial em anos

Dando de barato que eventualmente esse desfecho até poderá concretizar-se, o importante é explicar ao País por que razões sucede. Sim, as razões são de naturezas diversas, mas as principais podem ser lidas no Relatório dos Indicadores de Conjuntura do Banco de Portugal – Janeiro 2012, acabado de publicar e destacado, pela negatividade de resultados, por diversos órgãos da imprensa – este e este, por exemplo.

No referido relatório, no capítulo referente à Economia Portuguesa, são reveladas quedas muito acentuadas no consumo privado e no investimento (formação bruta de capital fixo). O ‘Jornal de Negócios’ salienta:

Actividade económica e consumo privado caem para novos mínimos desde 1978

Com este cenário interno, de redução drástica do nível de vida dos portugueses e corte de investimentos, essencialmente os reprodutivos, do Estado e de privados, o registo da Economia Portuguesa será marcado em 2012 por acentuada recessão; embora com natural melhoria no comércio internacional de mercadorias por aumentos da exportação – veremos até quando – e significativo decréscimo das importações de bens de consumo corrente ou duradouros e de bens de investimento.

Conclusão

A desmontagem da propaganda de Passos Coelho nas duas vertentes, nomeações políticas e projecções de excedente externo nas trocas comerciais, é tarefa fácil. Adiante, no tempo, veremos que o tal ‘ponto de viragem´, frase da filosofia de comunicação ora em voga e inicialmente usada por Vítor Gaspar, não passa de uma miragem. Mais intelectualizada, mas, em termos práticos, ao nível dos ‘pastéis de nata’ do Álvaro.

Portugal: Preços dos transportes aumentam 5%, passe único em Lisboa custará 35 euros



RTP - Lusa

Os preços dos transportes públicos vão aumentar em média 5% e o novo passe único que o Governo vai criar para Lisboa, o "Navegante", terá um custo de 35 euros, disse hoje o secretário de Estado dos Transportes.

A partir de 01 de fevereiro, "o aumento geral é de cinco por cento para os transportes públicos e de quatro por cento para os privados", disse Sérgio Monteiro à Agência Lusa.

De fora deste aumento ficam os passes mensais dos autocarros e metros de Lisboa e Porto.

Assim, na capital, a assinatura mensal dos autocarros passa a custar 29 euros (mais 1,5 euros do que atualmente).

O passe do metro sofre um aumento maior: dos atuais 23,90 euros para 29 euros.

O passe combinado do autocarro com o metro desaparece e dá lugar ao "Navegante", que permite andar nesses meios de transporte e também no comboio, dentro da coroa urbana da capital.

O novo passe único custará 35 euros.

No Porto, a assinatura mensal dos autocarros mantém-se nos 29 euros, enquanto a assinatura do metro e do passe "Andante" diminuem 50 cêntimos e passam a custar 36 euros.

Segundo o secretário de Estado, preços dos transportes públicos "vão manter-se até ao final do ano", pelo que a "expetativa" do Governo é a de que "não haja mais aumentos este ano".

Contudo, Sérgio Monteiro afirmou que, a partir de 01 de janeiro de 2013, serão feitos "ajustamentos" que, no Porto, "será de acordo com a inflação" e, em Lisboa, o preço "será igual ao do Porto".

O objetivo do Governo é ter os mesmos preços nas duas cidades.

RAPIDINHAS DO MARTINHO – 66



Martinho Júnior, Luanda

RELAÇÕES SALUTARES!

No momento em que o capitalismo neo liberal causa impactos nocivos de toda a ordem na sociedade angolana, Cuba marca a alternativa dando a sua notável contribuição em socorro de Angola, como nos tempos da luta contra o colonialismo e o “apartheid”.

Os médicos cubanos foram durante a luta contra o colonialismo e o “apartheid” muito importantes para os Serviços de Assistência Médica e Medicamentosa, “SAMM”, das FAPLA, servindo conjuntamente com os médicos angolanos por todas as principais unidades hospitalares militares do país e ali onde os angolanos não possuíam ainda quadros especializados formados.

A saúde em Angola, se considerarmos a necessidade de luta contra o subdesenvolvimento num quadro em que o homem é a prioridade de todas as atenções, está longe de corresponder aos níveis desejados:

- Por um lado os impactos do neo liberalismo incentivam a que na saúde se instale uma mentalidade mercenária que é contra a ética e a deontologia profissional.

- Por outro, dez anos depois do calar das armas, as estatísticas das várias organizações da ONU dão conta que os Índices de Desenvolvimento Humano revelam que há insuficiências gritantes em termos das humanidades e sobretudo no que diz respeito aos campos da saúde e educação.

É impossível avaliar quanto os impactos nocivos da globalização neo liberal estão na base da continuação dos obstáculos que se manifestam contra a vida em Angola, quando a morte pela utilização de armas deixou de existir, mas quando ela está tão presente com o paludismo, com as doenças diarreicas, com a SIDA, com a tuberculose, como resultado de todo o tipo de problemas, desde aqueles que se referem à má qualidade da água para consumo, até àqueles que dizem respeito à ausência de condições fito-sanitárias e a um urbanismo salutar, sob os pontos de vista humano e ambiental…

Mas é possível quantificar a ajuda cubana, tanto na educação como na saúde, uma ajuda imprescindível na luta contra o subdesenvolvimento e continuando os resgates que é necessário fazer em relação às sequelas históricas que advêm do passado remoto e próximo.

Segundo o Jornal de Angola num artigo de César André (http://jornaldeangola.sapo.ao/20/0/cuba_envia_mais_medicos):

“O embaixador de Cuba em Angola, Pedro Ross Leal, anunciou ontem, em Luanda, a vinda este ano para o país de mais 1.300 médicos, dos quais 265 devem chegar já nos próximos dias.

O diplomata cubano fez este anúncio à imprensa depois de ter sido recebido em audiência pelo Vice-Presidente da República, Fernando da Piedade Dias dos Santos, e esclareceu que este número pode ser superior, uma vez que Cuba tem disponibilidade para tal. Aliás, existe um plano para ampliar a cooperação neste domínio, mas achamos que o importante é também formar médicos angolanos, adiantou.

Pedro Ross Leal esclareceu que existem alunos de cerca de 36 países a estudar Medicina no seu país, e que os angolanos são os estrangeiros que têm melhor aproveitamento e estabilidade na Universidade de Santiago de Cuba.

Sublinhando o crescente desenvolvimento das relações de colaboração entre os dois países, referiu que existem cinco escolas de Medicina em Angola, nas províncias de Cabinda, Benguela, Huambo, Lubango e Malange, com 1.700 jovens angolanos que estão a ser instruídos por especialistas cubanos, no total de um quadro de professores composto por 1.300 médicos”…

É notável, mas esta vai ser uma longa batalha: é fácil construir, trabalhar recorrendo ao cimento, ao alcatrão e a todos os outros materiais; construir e trabalhar o homem, com o homem e para o homem, é um exercício árduo, abnegado e a muito longo prazo, à medida do relacionamento entre os povos de Angola e de Cuba!

De nada valia construir tantas estruturas e infra estruturas, neste caso tantas escolas e tantos hospitais, se não se começasse a cuidar do homem, dos professores, dos médicos, dos enfermeiros, que temos urgentemente de colocar lá dentro!

A luta contra o subdesenvolvimento passa necessariamente pela luta contra os preconceitos e as práticas mercenárias na saúde e no ensino, por que essa é a pedagogia única possível que socorre o sentido da vida e aquilo que se aprendeu com o movimento de libertação!

Angola: FMI NEGA TER AFIRMADO QUE DESAPARECERAM 32 MILHÕES



VOA, Washington

Fundo diz que foi "mal interpretado" e que aquela verba estava mal contabilizada mas não desapareceu

O Fundo Monetário Internacional, FMI, negou ter afirmado que 32 mil milhões de dólares desapareceram das contas do governo de Angola. Isto ao mesmo tempo que a companhia petrolífera Sonangol diz que já não levará a cabo operações em nome do estado angolano.

O alegado desaparecimento de 32 mil milhões de dólares das contas públicas angolanas foi explicado em Luanda pelo FMI como "má interpretação" do último relatório da instituição sobre Angola.

A explicação foi dada em conferência de imprensa, pelo director do FMI para Angola, o italiano Mauro Mecagni, que liderou a delegação da instituição que terminou uma missão de nove dias de análise das contas e avaliação no âmbito do acordo de apoio a Angola conhecido pelo nome de acordo “Stand By”.

No último relatório do FMI sobre Angola, de Dezembro passado, a instituição chamou a atenção para a necessidade de "esclarecimentos sobre o que chamou de “saldo residual inexplicado no Orçamento", no valor de 32 mil milhões de dólares.

Esta situação, levou a organização não-governamental Human Rights Watch, HRW, a alegar o "desaparecimento de 32 mil milhões de dólares”, sublinhando que a soma em questão equivale a um quarto do produto interno bruto, PIB, de Angola.

Segundo Mauro Megagni, a alegação daquela organização foi uma "interpretação errada" em virtude de haver investimentos públicos, em estradas, ferrovias, entre outros, que não foram plenamente reflectidos no Orçamento Geral do Estado.

Aquele funcionário do FMI disse que falar de “resíduos não explicados” é muito diferente de falar de “recursos financeiros desaparecidos”.

Mauro Mecagni reconheceu, todavia, que se trata de um "problema importante", porque, acrescentou, "os resíduos saem das receitas, das despesas e das fontes de financiamento".

Para solucionar a questão, as autoridades angolanas estão a adoptar medidas para melhorar as estatísticas, assim como a trabalhar na reconciliação de dados com a Sonangol e, na próxima revisão, o Fundo Monetário Internacional espera ter as respostas necessárias.

O funcionário do FMI traçou um perfil positivo da economia angolana afirmando que o país esta “francamente na via do crescimento”.

O ministro das finanças de Angola anunciou por outro lado que a possibilidade da petrolífera angolana Sonangol de realizar despesas em nome do estado angolano chegou ao fim.

O ministro disse que o facto de no passado os rendimentos da Sonangol não terem sido totalmente integrados nas contas do país deveria ser visto naquilo que chamou de “perspectiva histórica”.

Devido ao facto de durante um perigo Angola ter deixado de ter acesso ao mercado financeiro internacional a Sonangol tinha assumido a responsabilidade de efectuar o pagamento de algumas despesas.

"No passado dia 22 de Dezembro aprovámos as regras de execução do OGE, para vigorarem a partir de 2012. São regras permanentes que vão vigorar por períodos mais dilatados em vez de apenas um ano e nessas regras encontramos de forma explícita a descontinuidade de realização de despesas do estado pela Sonangol", disse o governante.

Huambo: CONFRONTOS MPLA-UNITA CAUSAM TRÊS MORTOS


Testemunha dos confrontos fala com a Voz da América – foto António Capalandanda / VOA

António Capalandanda, Huambo – VOA - 18 janeiro 2012

Confrontos entre militantes do MPLA e da UNITA resultaram na morte de três pessoas supostamente afectas ao partido no poder e na detenção de cerca de oitos indivíduos da oposição, na comuna do Alto Hama, província do Huambo.

Confrontos entre militantes do MPLA e da UNITA resultaram na morte de três pessoas supostamente afectas ao partido no poder e na detenção de cerca de oitos indivíduos da oposição, na comuna do Alto Hama, província do Huambo.

Segundo relatos ouvidos pela Voz da América no local duas pessoas morreram imediatamente e uma outra acabou por falecer no hospital. Dos três feridos graves da oposição, dois encontram-se detidos, na sequência de pancadaria entre os membros das principais forças políticas angolanas.

O incidente ocorreu na madrugada segunda-feira e o número preciso de feridos ainda está por determinar. O clima é de tensão na localidade. Informações não confirmadas dão conta de populares a abandonarem a suas residências e se fixarem nas montanhas, com medo de sofrerem represálias.

Em declarações à Voz da América, o secretário comunal da UNITA do Alto Hama, Evaristo Hosse, disse que os militantes do seu partido agiram em legítima defesa, contra a suposta agressão de um grupo afecto ao MPLA, acusando a administradora daquela comuna de ter orientado as estruturas locais da sua organização partidária a desencadear actos de violência política.

"O secretário do MPLA do comité do sector da Bonga é quem organizou as pessoas, tendo transportado os indivíduos até ao Luvili," disse o político, acrescentando que " chegado no terreno, o secretário do Luvili organizou as pessoas e distribuiu o grupo em três bairros onde entraram em catanadas, resultando em morte e ferimentos."

Domingos Albano Tchissanda uma das testemunhas alega que os supostos agressores invadiram as residências na calada da noite, tendo destruído todos os haveres dos populares da comunidade de Luvili.

"Bateram as nossas portas com catanas, entraram. Partiram as cadeiras e mesas, todos os haveres das casas," contou Tchissanda.

A VOA tentou ouvir a administradora do Alto Hama, mas ela disse que falaria para imprensa estatal, enquanto que o comando provincial da polícia remeteu os seus pronunciamentos para próximas ocasiões.

William Tonet: VOLTEI PORQUE "ACREDITO; ANGOLA VAI SER DIFERENTE!”




AQUI ESCREVO EU. William Tonet. ESTOU NA BANDA E NA TRINCHEIRA

William Tonet - Folha8

Voltei! Estou na banda, no meu país: Angola.

Na minha trincheira: Folha 8. E no seio da minha família, aquela que pulsa comigo o sentir desta luta libertária no nosso torrão tão rico em riquezas naturais, mas com um povo vivendo tão mal, tão miseravelmente posto de parte pela discriminação e má gestão da coisa pública.

Voltei para agradecer, mais uma vez, a todos que num momento delicado da minha vida, souberam emprestar a sua solidariedade e reza, na altura da intervenção cirúrgica a que fui submetido.

Voltei, porque os jornalistas resistentes do F8, os nossos fiéis leitores e os autóctones que se revêem no nosso trabalho, não me perdoariam nunca se tomasse a mesma posição cobarde que a do comandante Francesco Schettino, comandante do paquete italiano, Costa Concordia, que, segundo tudo indica, teria abandonado os seus companheiros e o público, assim que o seu navio começou a meter água após ter batido em rochas e encalhado na ilha de Livorno.

Voltei, por ser da estirpe de homens que ao matar a cobra, não só a mostra, como também exibe o pau, logo não poderia nunca deixar de assumir as minhas responsabilidades nesta hora.

Voltei, porque nas derrotas, enquanto director deste projecto identitariamente autóctone, tenho de ser o primeiro a assumi-las daí ter cunhado as minhas impressões digitais no que considerei uma falha a todos os títulos lamentável: a publicação de uma fotografia apócrifa de um actor sem rosto.

Fi-lo, porque qui-lo e em consciência, logo, não me envergonho, nem sinto ter sido um sinal de fraqueza, medo ou temor, mas sim de respeito pela nossa linha editorial, pelos nossos leitores e por todos quanto foram atingidos devido a uma imprudência humana.

Reconhecer os erros, enquanto humano, não diminui ninguém… Nós somos respeitadores das instituições deste país e dos seus responsáveis, por sermos ao mesmo tempo críticos e fiscais da sua acção.

A nossa missão não é falsear os actos do poder é observá-la, louvá-la e criticá-la, quando em causa estiverem os desvios e a má gestão da coisa e bens públicos.

Voltei, também para agradecer a todos os bajuladores do templo que se dispuseram a criticar o F8, os seus jornalistas e o director, sem nunca o terem lido e nem sequer terem visto a polémica imagem. Tenho pena deles enquanto bocas de aluguer e rezo porque eles não são culpados e por isso nem lhes assaco responsabilidades, pois se a maioria nunca leu um livro do Tio Patinhas, como poderia falar com outra propriedade que não a da subserviência idólatra ao nosso templo pagão?

Voltei para bater palmas a todos os colegas de profissão da imprensa pública e privada, que lançaram os mais gentis mimos contra o F8 e seu director, chegando mesmo, o que nos comoveu profundamente, a preocuparem-se com o destino da nossa linha editorial e o rumo do projecto. Agradeço. Agradecemos o papel de heróis e vilões.

Mas, caros colegas, o leitor é e será sempre, creio, o nosso grande julgador e ele ditará, através das leis do mercado, quem consumir. Não se preocupem, não nos venderemos, não nos comprarão, nem que fique uma só FOLHA!

O Folha 8, enquanto corpo vivo, tem renovado as suas células na dinâmica e natural lei da vida, tem passado várias provações, tem resistido à discriminação e perseguição do poder, tem atravessado o deserto, mesmo quando institucionalmente o regime ordena que não se coloque publicidade no nosso bissemanário, como forma de nos asfixiar.

O nosso lema é a defesa de aquém menos tem. Para começar, defesa das tribos autóctones, com particular realce para os Koishan, defesa das línguas angolanas, defesa da devolução da Terra à soberania do povo na Constituição, tudo questões que causam calafrios à visão luso-tropicalista de muitos senhores no regime. Mas, mesmo que pesem todas as intempéries a que somos submetidos, temos de avançar e vamos continuar a nossa caminhada com o corpo dos jornalistas guerreiros que sabem resistir à dureza da vida em nome da cidadania e da democracia, rejeitando a comodidade e o aprisionamento da consciência em troca dos dólares da discriminação.

Sabemos que tudo isso, todas as ordens de morte, críticas, e denúncias feitas no Jornal de Angola, na Rádio Nacional de Angola, na Angop, na TPA e em alguns privados, visam reeditar, por falência quase total das políticas e promessas do regime em ano eleitoral, o temor de 1977. E, quando o Conselho Nacional de Comunicação Social se assume, publicamente, como sendo um departamento do Ministério da Comunicação Social, omitindo a instigação à morte feita no Jornal de Angola, através duma caricatura, onde aparece um militante-delinquente do MPLA a esfaquear o corpo do jornal, esvaindo-se em sangue, temos a convicção de que o nosso crime foi ter escolhido "viver na verdade", pois nunca fizemos apologia, no Folha 8 do assassinato do Presidente José Eduardo dos Santos, como ordenou o Bureau Político do MPLA, através de um dos seus braços armados, o Jornal de Angola e o seu director, José Ribeiro, contra a minha pessoa. Não faço papel de vítima, porque enquanto defensor da mudança me sentir mais um corpo vivo, contra as políticas dantescas e discriminatórias. Não tenho medo da morte, pois estou vivo e preparado para morrer...

É verdade que em 1977, também foi assim, quando era director do JA, Costa Andrade Ndunduma, que caricaturou Nito Alves no corpo de uma víbora e Artur Pestana Pepetela, não obstante reconhecê-lo como grande escritor, emprestou a sua pena a um texto demoníaco, que sentenciou a morte de milhares de militantes do MPLA.

Portanto esta é uma estratégia do regime, ao longo dos anos, quando as coisas estão a correr mal, não se importa de ter as mãos lambuzadas e manchadas de sangue.

O Folha 8 é apologista de um combate cerrado à má governação, à má distribuição da riqueza nacional, à discriminação e à corrupção, mas nunca propôs a morte de ninguém nas suas páginas, pelo que lamento ainda existir gente no seio do MPLA e do JA, que não se arrepende de ter as suas impressões digitais num dos maiores homicídios contra a humanidade, depois da II Guerra Mundial, no 27 de Maio de 1977, onde foram assassinados cerca de 80 mil jovens... Salva-nos a certeza de que este crime não prescreve e um dia alguém irá responder no Tribunal Penal Internacional da Haia…

Por tudo isso, estou preparado para receber as algemas do regime e ser atirado nas suas fedorentas masmorras, piores que as do regime colonial português. E, se for o caso, estou aqui, diante dos meus algozes, ciente de o meu único crime ser, tal como o de outros, defender a implantação de uma verdadeira democracia e denunciar a corrupção que corrói o país, tornando uns poucos, detentores dos milhões de dólares do país, enquanto os milhões de autóctones definham à fome, nas mais ignóbeis sarjetas da miséria humana.

Finalmente, voltei porque "ACREDITO; ANGOLA VAI SER DIFERENTE! VAI MUDAR E FAZER UMA FAXINA A TODOS OS CORRUPTOS E BAJULADORES.

Voltei...

UNITA preocupada com alegados casos de intolerância política...




... que já terão provocado mortos e feridos


A intolerância quando provoca vítimas é condenável e preocupante mais ainda quando é encorajada, Angola precisa de paz e tranquilidade para que as eleições corram na perfeição, por isso que senhores entendam-se que o povo agradece.

A UNITA, maior partido da oposição angolana, está preocupada com o que considera serem casos de intolerância política que estarão a acontecer em Angola e que já terão provocado dois mortos e alguns feridos na primeira quinzena do ano.

Em declarações à agência Lusa, o porta-voz do partido, Alcides Sakala, considerou “mais preocupante no meio de tudo o silêncio total por parte das autoridades”.

Segundo Alcides Sakala, os últimos casos terão ocorrido nas províncias do Huambo (centro do país), onde se registaram dois mortos e sete feridos, no Uíge (norte) e Moxico (leste), com número de feridos por confirmar.

Alcides Sakala disse que a direção da UNITA está preocupada, porque as referidas ações “pela sua natureza parecem ser coordenadas”.

“São grupos de pessoas que vão atacar as instalações da UNITA, tudo que seja símbolo do partido. Parece que se pretende criar um clima de intimidação, sobretudo nas províncias”, sublinhou.

Entre os casos, Alcides Sakala citou também um episódio que teve lugar, na semana passada em Luanda, capital do país, onde uma mãe membro da OMA, organização feminina do MPLA, partido no poder, alegadamente matou o seu filho por este pertencer à JURA, organização juvenil da UNITA.

“O que nos preocupa é o silêncio das autoridades, que nem condenam, nem lamentam, o que pensamos faz encorajar estas práticas”, disse, acrescentando que o país que este ano realiza eleições gerais deve estar “num clima de mais tolerância e mais solidariedade”, vincou.

O porta-voz da UNITA salientou ainda que estas ações, que considerou recorrentes, “são más para Angola, para o Executivo, que mostra mais uma vez incapacidade de gerir o processo de paz e de reconciliação nacional”.

“Apelamos a toda a sociedade no geral, que se envolva no esforço de todo o trabalho para a criação de um clima de reconciliação”, concluiu.

O QUE SABEMOS SOBRE A CIA?



Diário Liberdade

Kaos en la Red - [Germán Gorraiz, tradução do Diário Liberdade] Revisão da história da Agência Central de Inteligência (CIA) desde sua fundação em 1947 até nossos dias.

A agência Central de Inteligência (CIA, Central Intelligence Agency) foi criada em 1947 por Henry Truman, substituindo o Escritório de Serviços Estratégicos (OSS) para investigar sem necessidade de autorização judicial, expedientes administrativos e fiscais e sua filosofia inicial de organização era dotar o presidente de um segundo ponto de vista, elaborado por civis, frente ao fornecido pelos militares da Agência de Segurança Nacional (NSA) e foi chamada em código de "Campus", ao manter a maioria dos quadros iniciais da Universidade de Yale, (inclusive o sistema de armazenamento de dados foi o mesmo que o da Biblioteca de Yale).

Até Eisenhower, a CIA foi exclusivamente a organização de inteligência central para o governo dos Estados Unidos e esteve por trás de múltiplas tarefas de treinamento de insurgentes e desestabilização de governos contrários às políticas do Pentágono, mas o lobby financeiro e a indústria militar (ambos fagocitados pelo lobby judeu) não puderam resistir à tentação de criar um governo que na prática manipulava os recônditos do poder, derivando no surgimento de um novo ente (a CIA paralela, refratária à opinião pública e ao controle do Congresso e Senado dos Estados Unidos).

O presidente Eisenhower, um ano antes do fim de seu mandato, pronunciou um discurso premonitório da posterior mutação do inicial "Campus" até o Governo na sombra que tutela a democracia norte-americana na atualidade e da qual são refutados todos os presidentes eleitos democraticamente: "Nos conselhos do governo, temos que estar atentos à aquisição de uma influência ilegítima, que seja ou não planejada pelo complexo militar-industrial. O risco de desenvolvimento de um poder usurpado existe e persistirá. Jamais permitiremos o peso desta conjunção ameaçar nossas liberdades ou os processos democráticos. Nada deve considerar-se como ganho. Só uma vigilância e uma consciência cidadã podem garantir o equilíbrio entre a influência do gigantesco maquinário industrial e militar de defesa e nossos métodos e metas pacíficas, de tal forma que a segurança e a liberdade possam acrescentar-se de comum acordo".

Os desencontros Kennedy-CIA-FBI: Kennedy recebeu da CIA um "presente envenenado" sob o envólucro do projeto de invasão de Cuba, elaborado pela CIA durante a administração de Einsenhower para derrubar o governo de Fidel Castro e que culminou com o conhecido fiasco da invasão da Baía de Cochinos (abril, 1961), pois o presidente Kennedy, depois de dar o aval ao projeto, voltou atrás no último momento e retirou o prometido apoio da aviação e a frota norteamericana, com o conseguinte descrédito da CIA aos olhos de todo o mundo.

Sua perceptível inexperiência política ficou plasmada em atos como exonerar o legendário Diretor Geral da Agência, Allen Dulles e tentar tentar remodelar suas estruturas colocando à frente, gente de sua confiança, assim como menosprezar como rival a Hoover e enfrentar abertamente seu poder onímodo, tentando sua substituição à frente do FBI por Edward Kenned, com o que depois da nominação de Robert Kennedy como Fiscal Geral a Tróica Kennedy havia conseguido a entronização do reino de Camelot.

Não obstante, as diferenças entre Kennedy e a CIA voltaram a ressurgir em outubro de 1962, durante a crise dos mísseis cubanos na qual a CIA viu a grande oportunidade para invadir a ilha, mas as negociações entre Kruschev e Kennedy anularam o plano da CIA, que ficou ferida de novo em seu orgulho.

Golpe de estado virtual da CIA com George W. Busch: Até o midiático atentado das Torres Gêmeas (conhecido como 11 de setembro), a CIA legal se enlanguece lentamente e seus próprios agentes confirmavam, segundo o NY Times que se tornara quase impossível contribuir com informação estratégica e eram consultados maioritariamente para questões táticas", independentemente, nos sótãos da Companhia, estava-se forjando um verdadeiro golpe de Estado virtual que teria seu detonador no impactante atentado atribuído à Al Qaeda,ficando entronizada la luta contra o Eixo do Mal.

Assim, o congressista Ron Paul, caracterizado por sua incontinência verbal, dirigiu a seus seguidores a seguinte mensagem: "Executou-se um golpe de estado, já souberam? É o golpe de estado da CIA. a CIA é quem controla tudo, até o exército. São os que estão por aí metendo mísseis e bombas nos demais países... e certamente a CIA é tão fechada quanto a Reserva Federal... e ainda assim, pensem no dano que tem feito desde que foi criada (depois de) a Segunda Guerra Mundial. São um governo em si mesmos. Estão nos negócios, nos narcóticos, depõem ditadores... Precisamos destituir a CIA".

A jogada maquiavélica da CIA: Colin Powell, secretário de Estado, havia recomendado a seus colegas na administração Bush, evitar uma guerra sem a aprovação clara da ONU e foi usado pela CIA para servir-se de seu prestígio militar e provada honestidade. Assim, em 2004, a Cia se encarrega de prover-lhe "informes de inteligência" duvidosa sobre as armas de destruição em massa no Iraque para justificar a intervenção militar dos Estados Unidos e invadir o Iraque, engodo que engoliram todos os aliados dos EUA que passaram a engrossar as filas de um exército libertador que tinha como objetivo confesso, a distruição do satanizado Sadam Hussein e como interesse real o controle dos vastos recursos petrolíferos do Iraque.

A Tróica formada por Rumsfeld, Hayden e Cheney monopoliza o poder dos EUA: pouco mais de um mês depois do 11 de setembro, o governo de george W. Bush secretamente decidiu anular uma das principais proteções constitucionais deste país sob a justificativa de sua luta contra o " terrorismo" dentro dos Estados Unidos, segundo documentos oficiais revelados no fim de 2005 em uma série de reportagens no New York Times– a existência de um programa secreto de intervenção de comunicações dentro deste país.

Segundo uma investigação do Washington Post, desde 2002 se estabeleceu o Escritório de Apoio Estratégico (SSB), que trabalhou clandestinamente sem limitações legais e sob as ordens do secretário de Defesa, Ronald Rumsfeld, entre cujas ações estariam os sangrentos episódios de violação dos Direitos Humanos em Abu Ghraib e Guantánamo e a entronização do "golpe de estado brando ou virtual", do que seria paradigma Honduras.
En junio de 2009, Leon Panetta, director de la Agencia Central de Inteligencia (CIA) anuló el Programa Phoenix,un programa dirigido por Cheney para asesinar a dirigentes de al-Qaeda, iniciado en 2001 después de los ataques del 11-S y mantenido en secreto ante el Congreso de EE.UU y el Pentágono estaría meditando pôr fim a uma unidade de contra-inteligência criada pelo Rumsfeld conhecido como Talon, incluía informação sobre ações de protesto contra a guerra de cidadãos norte-americanos, rememorando a espionagem militar de civís que protestavam contra a guerra do Vietnã.

O enfrentamento Obama-CIA: Depois da significativa erosão da imagem dos EUA no mundo após os sangrentos episódios de violação dos Direitos Humanos em Abu Ghraib e Guantanamo, uma das primeiras decisões de Obama foi assinar uma ordem executiva para exigir o fechamento da prisão na base naval de Guantanamo no prazo de um ano.

Seus assessores buscam agora os mecanismos legais para eliminar o "limbo jurídico" de Guantanamo, um espaço virtual fruto da engenharia jurídica do chamado "Comitê de Guerra" (nome chave do seleto grupo de juristas e assessores que trabalharam às ordens da Toika formada por Rumsfeld, Hayden e Cheney), verdadeiros detentores do Poder durante o nefasto mandato de George W. Bush; razão pela qual o anunciado fechamento deverá adiar-se "sine die".

Ainda, sua inexperiência política ficou plasmada em atos temerários, como a decisão de Obama de tornar públicos documentos secretos que envolvem a CIA em técnicas de interrogatório baseadas na tortura física e psicológica e que lhe haveria grangeado a perigosa inimizade da CIA, representada pela Troika formada por Rumsfeld, Hayden e Cheney.

Contudo, Obama deixará que o vento do esquecimento cubra com seu manto o delicado tema da perseguição dos responsáveis de haver legitimado a tortura, pois seus assessores lhe haviam advertido das previsíveis consequências que uma ação desse tipo poderia significar para sua Presidência (veja-se Magnicídio de Dallas), decisão que, apesar de suscitar uma clara decepção na organização defensora dos direitos humanos "Human Rihts Watch" (HRW) e sérias críticas de AI, seria apoiada por 60% dos entrevistados.

Desafio de Obama à CIA: Obama (como Kennedy em novembro de 1963 ) estaria pensando em desinfectar a CIA dos vírus patógenos inoculados pelos lobbys de pressão (cujo paradigma em 1963 seriam os Rockefeller ao participar nos lobbys financeiro, industria militar e judeu) . Kennedy, consciente das dificudtades de tão árdua missão, em um discurso na Universidade de Columbia em 14 de Novembro, admite que "existem fortes pressões de grupos de poder dos EUA para converter o cargo de Presidente em algo meramente figurativo" e assim em 21 de Noviembre de 1963, foi obrigado a assinar a ordem executiva 11.490 ,"que permite, ao governo, em caso de emergência, dispor de medidas excepcionais, inclusive para qualquer ditadura".

Apesar de tudo, fiel a su espírito rebelde , prosegue con sua intenção de voltar a converter a CIA em um aparato controlavel pelo poder político e pouco antes de partir para Dallas, comentou a seus íntimos assessores: "Temos que enfrentar a CIA..." e no mesmo dia, un emissário secreto iniciava com Castro as primeiras negociações para chegar a um acordo.

Isso supunha um claro desafio à CIA paralela, verdadeira detentora do poder na sombra e entranhada profundamente em todos os aparatos de poder dos EUA, pelo que seus dirigentes na sombra, procederam à geração de uma trama endógena que se encarregou do Golpe de Mão contra a legalidade democrática do sistema político norte-americano que culminou com o Magnicídio de Kenney ( Dallas,1963).

O dito complô seria uma autêntica obra de engenharia labiríntica, que teria como cérebros a citada CIA paralela e como colaboradores necessários ao exílio anticastrista em Miami e suas conexões com a Mafia e ao FBI de Hoover, a Lee Harvey Oswald como testa de ferro e exercício de distração para enganar aos detetives e como efeito colateral o nascimento de un sistema político tutelado pela nova CIA , ficando desde então como reféns todos os sucessivos Presidentes eleitos até a erupção na cena política, do rebelde Obama.

O Pentágono toma o comando da CIA: Os primeiros desencontros Obama/Pentágono tiveram lugar a fins de 2009, quando Obama enviou outros 30.000 soldados ao front afegão e à continuação e sem consultar a cadeia de comando, ditou a temerária ordem de retirada de tropas do Afeganistão a partir de julho de 2011, enquanto o Petágono prosseguia com a defesa de um incremento notável de tropas e a implementação da nova estratégia contra-insurgente do então ainda, Comandante da Força Internacional da Assistência à Segurança do Afeganistão (ISAF), general Stanley McChrystal.

O seguinte passo na cerimônia do desencontro Obama/Pentágono teve lugar com a fulminante destituição de McChrystal depois de haver se desculpado com o jornalista da Rolling Stone, michael Hastings e sua substituição pelo general Petraeus, sem dúvida, o general de mais reputação do exército americano.

O pricipal responsável das forças internacionais no Afeganistão, o general David Petraeus, seria contrário à "estratégia de saída" de Obama, (cuja data de início seria julho de 2011) e pelo contrário, seria partidário de um notável incremento de forças (Estados Unidos e a OTAN têm mais de 121 mil efetivos no Afeganistão, valor que poderia elevar-se a 150 mil em 2012 no marco de uma estratégia secreta do Pentágono para neutralizar a ofensiva dos talibãs e instalar bases militares permanentes em território afegão.

Obama cede ante a CIA: Obama se haveria visto obrigado a dar o visto positivo ao Programa Phoenix (um programa dirigido por Cheney para assassinar dirigentes da Al Qaeda, iniciado em 2001, depois dos ataques de 11 de setembro e mantido em segredo ante o Congresso dos EUA), com o êxito midiático da morte de Bin Laden nas mãos de um comando de elite.

Além disso, o diretor da CIA, Leon Panetta, se converterá no novo secretário de Defesa dos Estados Unidos (substituindo o secretário de Defesa, Robert Gates, que deixará seu posto em 30 de junho) e Obama se verá obrigado a nomear seu comandante da guerra no Afeganistão, o general David Petraeus, para suceder Panetta frente À Agencia Central de Inteligência (CIA), pois a dita reestruturação se produz em um momento crucial para reconduzir o enfoque do Governo de Obama a respeito da guerra no Afeganistão, subemetendo-o aos interesses do Pentágono.

Assim, a CIA contraria já com informes que confirmariam o início da ajuda militar russa (assessores militares, logística e informação dos satélites espiões) às milicias talibãs do Afeganistão em sua luta contra as forças da ISAF ali espalhadas, com o objetivo de alargar o conflito e aliado à falta de liquidez monetária dos aliados europeus, alcançar sua gradual retirada do Afeganistão antes de 2012, deixando solitário os EUA.

Conviria recordar que quando irromperam no quadro afegão os talibãs (milicia ultra integralista procedente das madrassas deobandis do norte do Paquistão), o Presidente Karzai dispôs o necessário para facilitar-lhes o controle das cidades nas regiões de influência popalzai, já que no que pese a seu fanatismo religioso, os considerava como uma milícia de homens virtuosos que buscavam pacificar um país desaparecido nos desmandes dos numerosos senhores da guerra, pelo qual a CIA haveria iniciado a busca de um substituto a Karzai ao não gozar mais de sua confiança.

Depois de uma operação de propaganda, Karzai seria acusado do início de conversações secretas que teriam como mediador seu irmão, Ahmed Wali para a geração de um Governo de Coalisão islamita entre pastuns e talibãs (com o objetivo de conseguir em umas eleições antecipadas, a legitimação democrática nas urnas no horizonte de 2011 e proceder À criação da República Islâmica do Afeganistão), o que exigiria a retirada das tropas dos EUA e a consequente perda de presença em um país considerado pelo alto comando dos EUA "como peça geoestratégica vital" no quebra-cabeça do Oriente Médio.

Para evitar uma perigosa "vietnamização do conflito", Obama assinou em 2011 a ordem de retirada progressiva de tropas do Afeganistão, decisão que dificilmente será compartilhada por seu vice-presidente Biden nem pelo Pentágono e que, sem dúvida será aproveitada pela CIA para reorientar a situação mediante métodos expeditivos e conseguir que os EUA voltem ao caminho da democracia tutelada pela Companhia, daí que não seria descartavel a geração de uma trama endógena que poderia terminar por reeditar o Magnicídio de Texas (Kenedy, 1963).

- Traduzido por Cássia Valéria Marques para o Diário Liberdade

NÃO DÁ PARA EXPORTAR O MINISTRO DA ECONOMIA?




Tiago Mesquita – Expresso, opinião, em Blogues

Quando ouço o ministro "Álvaro" fico assustado. O homem pode ser um académico de excelência, um estudioso e teórico brilhante e a pessoa mais bem intencionada deste mundo, mas é confrangedor ouvi-lo a comunicar. Muito triste. É um deserto de ideias. Seco e árido. Se o Sara tivesse uma estátua seria certamente do Álvaro a comer um pastel de nata.

Por falar em pastéis , o senhor ministro da Economia saberá que em Braga existe uma pastelaria que exporta dois milhões de pastéis de nata por ano? Como disseram na televisão e bem, a sua sugestão de transformar o pastel num ex-libris português no estrangeiro tem mais anos do que a Sé lá do sitio. Vamos lá a estudar melhor o dossiê das pastelarias, doçarias regionais e afins. Eu próprio, em Londres, visitei estabelecimentos que recebem diariamente pastéis de nata vindos aqui do burgo, portanto deduzo que para isto ser uma coisa do outro mundo para o Álvaro é porque o Canadá é alérgico à nata. Podíamos tentar a alheira de Mirandela ou a morcela de carne, o que me diz? Era engraçado ver a alheira salvar a economia do país. E uma linha orientadora de excelência se acompanhada de batatas fritas, ovo estrelado e saladinha.

Até ao dia de hoje, e já vamos com muitos meses de governação, não me lembro de ouvir um discurso, uma entrevista (esta última na TVI com Judite de Sousa foi um exercício surrealista e monótono de paciência por parte dos telespectadores) uma declaração, um comunicado, um fax, um bilhetinho ou assobio que fosse por parte do senhor ministro que indicasse a remota possibilidade de existir uma qualquer espécie de rumo, plano ou estratégia para relançar a economia do país.

A única coisa a que assisti, isso sim, foi à assinatura de um acordo (com o aval daquele senhor que diz ser líder sindicalista) que vem mais uma vez bater nos sacanas dos trabalhadores, esses bastardos que não servem para nada e só querem é feriados e férias e boa vida. Uns bichos que só servem para corroer as bases da nossa próspera economia, gabada mundialmente em tudo o que é relatório. Bater na base é, de facto, uma bonita linha orientadora, ó Álvaro. Não há mais nada aí no livro de receitas? Só o ataque organizado aos trabalhadores? Mais nada?

Portugal: PCP acusa Passos de tratar acordo como se fosse "troféu de caça



Jornal de Notícias

O secretário-geral do PCP acusou hoje o primeiro-ministro de se vangloriar pelo acordo de concertação social como se se tratasse de um "troféu de caça", antecipando a recuperação dos direitos agora perdidos quando o Governo for derrotado.

Numa intervenção no debate quinzenal com o primeiro-ministro no Parlamento, o secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa, renovou as críticas ao acordo de concertação social assinado pelo Governo e os parceiros sociais, lamentando que Passos Coelho se esteja a vangloriar da capacidade de diálogo demonstrada pelo executivo como "se fosse um troféu de caça".

"E a equidade?", questionou Jerónimo de Sousa, considerando que "a hipocrisia tem limites" e que se trata de um acordo "onde alguns ganham, mas a maioria perde em toda a linha".

Pedindo ao primeiro-ministro para que não conte "histórias da carochinha", Jerónimo de Sousa reiterou as críticas que o PCP tem deixado, insistindo que o acordo alcançado na concertação social é "uma ofensiva sem precedentes contra direitos individuais e colectivos dos trabalhadores".

"Não há uma medida para promover nem o crescimento, nem o emprego, mas aprofundar o desenvolvimento do modelo de baixos salários", frisou, antecipando o dia em que "o Governo vai ser derrotado e os trabalhadores conseguirão recuperar as parcelas" que foram perdidas.

"Não se iluda, no futuro quem vai ser derrotado é este Governo e a sua política e não os trabalhadores e os seus direitos", declarou o secretário-geral comunista.

Na resposta, o primeiro-ministro acentuou as diferentes visões do executivo e do PCP, afirmando que o resultado a que se vai chegar no médio prazo "não é à derrota do Governo, é à derrota das políticas" que conduziram o país "à actual situação de penúria".

Acusando os comunistas de pretenderem "estigmatizar" os parceiros que celebraram o acordo de concertação social, Passos Coelho enfatizou que se tratou de "um acordo para a mudança e para a libertação de Portugal" e disse ter "pena" que o PCP não concorde.

Passos Coelho concordou, contudo, que o acordo alcançado não é para que "tudo fique na mesma", sublinhando que o país não poderá recuperar caso não se liberte da "imobilidade" na área laboral e na área do Estado.

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