domingo, 23 de setembro de 2012

Moçambique: FRELIMO EM CONGRESSO PERANTE UMA OPOSIÇÃO FRACA E IMBECIL

 


Partido da "maçaroca" mostra a sua força na sonolenta Pemba
 
22 de Setembro de 2012, 09:29
 
Pemba, 22 set (Lusa) - Desde o início do ano que estão esgotados os quartos de hotel em Pemba, no norte de Moçambique, uma cidade pataca e sonolenta, agora invadida por mais de cinco mil pessoas, para o X Congresso da Frelimo.
 
Na capital de Cabo Delgado, porta para as grandes paisagens turísticas do país, como o arquipélago das Quirimbas, mas com problemas crónicos de abastecimento de energia e de água e até de recursos hospitalares, a Frelimo investiu em força para a sua reunião magna.
 
Em junho, o secretário-geral do partido no poder, Filipe Paúnde, estimava em cerca de seis milhões de euros o custo da organização do congresso naquela cidade, a cerca de 2500 quilómetros da capital, Maputo, de 23 a 28 de setembro.
 
Ali está a ser ultimado um pavilhão e uma "plataforma logística" para acolher mais de três mil delegados, cerca de dois mil convidados e quase 200 jornalistas, para cobrirem o evento.
 
A despesa, adiantou Paúnde, será coberta pelas doações dos mais de três milhões de membros do partido, identificado por uma maçaroca de milho, que proclamou a independência do país em 1975 e que, desde então, se mantém no poder.
 
Representações do Partido Comunista da China, ZANU-PF, do Zimbabué, MPLA, Angola, ANC, África do Sul, Partido Democrático do Botsuana, Partido Comunista do Vietname, Partido Comunista do Cuba e SWAPO, Namíbia, confirmaram a sua presença em Pemba, num congresso que se realiza exatamente 50 anos depois da primeira reunião magna do partido.
 
LAS/MMT.
 
Um partido para todas as estações
 
22 de Setembro de 2012, 09:29
 
Maputo, 22 set (Lusa) - A Frelimo, que no domingo inicia o seu X Congresso, teve apenas quatro presidentes em 50 anos, mas uma história colorida que a transformou de frente em partido e a levou do marxismo-leninismo para a economia de mercado.
 
Principais datas:
 
25 de junho de 1962 - Fundação da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) e eleição do primeiro presidente do movimento, Eduardo Mondlane.
23-28 de setembro de 1962 - I Congresso da FRELIMO, na Tanzânia.
25 de setembro de 1964 - Frelimo inicia luta armada contra o colonialismo português.
Julho de 1968 - II Congresso da Frelimo, primeiro realizado em Moçambique, em Matchedje, Niassa
03 de fevereiro de 1969 - Assassínio de Eduardo Mondlane.
Maio de 1969 - Samora Machel sucede a Eduardo Mondlane na presidência da Frelimo.
25 de junho de 1975 - Proclamação da independência de Moçambique, Samora Machel torna-se no primeiro Presidente do país.
Fevereiro de 1977 - III Congresso: transformação da frente em partido, que adota o marxismo-leninismo.
- Início da guerra civil, que durará até 1992.
Abril de 1983 - IV Congresso.
19 de outubro de 1986 - Morte de Samora Machel; Joaquim Chissano sucede-lhe na presidência da República e da Frelimo.
Julho de 1989 - V Congresso.
1990 - Constituição de Moçambique é revista para acolher o multipartidarismo
Agosto de 1991 - VI Congresso.
Outubro de 1994 - Frelimo ganha primeiras eleições presidenciais, com Joaquim Chissano, e legislativas, num ciclo de vitórias ainda não interrompido.
Maio de 1997 - VII Congresso.
Junho de 2002 - VIII Congresso. Armando Guebuza eleito secretário-geral da Frelimo e candidato do partido às presidenciais de 2004.
Dezembro de 2004 - Armando Guebuza eleito Presidente da República
2005 - Armando Guebuza eleito presidente da Frelimo
Novembro de 2006 - IX Congresso.
 
LAS/PMA
 
Futuro político do país passa pelo congresso de Pemba
 
22 de Setembro de 2012, 09:40
 
Pemba, 22 set (Lusa) - Numa remota cidade do norte de Moçambique, a mais de 2000 quilómetros de Maputo, a Frelimo ensaia a partir de domingo cenários para o futuro do país, marcado pela sucessão presidencial, no seu X congresso.
 
O nome do candidato à sucessão de Armando Emílio Guebuza na Presidência da República não sairá da reunião de cinco dias, mas a eleição do comité central, o principal momento do congresso, vai servir para contar espingardas no partido que governa Moçambique desde 1975.
 
Será este órgão de cúpula a nomear o candidato da Frelimo às presidenciais de 2014, e, face ao estado em que se encontra a oposição, Renamo e MDM, o seu provável vencedor, pelo que as várias correntes tentarão colocar o maior número de elementos no comité central.
 
Armando Guebuza, único candidato à sua sucessão na presidência do partido, aparenta vantagem sobre outras "fações", como a de Joaquim Chissano, e poderá dispor de manobra para impor o seu candidato á Presidência da República.
 
A eventualidade de co-existência de dois líderes - um, na Presidência do país, e, outro, mais importante, na liderança do partido, tem aumentado os receios de que Guebuza, mesmo abandonando a chefia de Estado, continuará a dirigir o país através do comité central da Frelimo.
 
No X Congresso, que se realiza exatamente 50 anos após o I, em Dar-es-Salaam, capital da Tanzânia, vão ser debatidas oito teses, da unidade nacional à posição de Moçambique na região e no Mundo.
 
Pemba, capital da província de Cabo Delgado, já está a abarrotar, com todos os hotéis lotados e os voos cheios, com a esperada presença de cinco mil pessoas, entre delegados, pessoal de apoio, jornalistas e convidados.
 
A cidade sofreu benefícios em termos de aumento de capacidade energética e de telecomunicações e foi construído de raiz o pavilhão onde se realiza o X Congresso.
 
Os residentes na cidade "até gostam, pois têm os buracos das estradas a ser reparados e nunca se viram tantos camiões de lixo em movimento na cidade. Até brincam pedindo mais congressos para que a cidade ande mais limpa", ironizava, na sexta-feira, o semanário Savana, de Maputo.
 
LAS
 
Governo procura alternativa energética para aliviar pressão sobre a floresta
 
22 de Setembro de 2012, 09:56
 
Chimoio, Moçambique 22 set (Lusa) - As autoridades de Manica, centro de Moçambique, estão a procura de alternativas energéticas para aliviar a pressão nas florestas, enquanto não existirem condições para o uso de eletricidade na cozinha, disse à Lusa fonte governamental.
 
Natércia Nhabanga, diretora provincial de Coordenação da Ação Ambiental de Manica, afirmou que várias iniciativas foram postas em marcha, incluindo a construção da terceira hidroelétrica na província, para minimizar o abate desordenado de árvores para produção de carvão vegetal e lenha, além da madeira.
 
"Há uma cultura (dos moçambicanos) de cozinhar a lenha, mas há também muitas ações (do governo) para o uso de energia elétrica para cozinha como acontece no Zimbabué (que compra energia de Moçambique)", disse à Lusa Natércia Nhabanga, que prefere não traçar metas.
 
O país está a consumir o correspondente a apenas 15 por cento do total de 2,075 megawatts de energia elétrica produzida pela barragem da Hidroelétrica de Cahora Bassa (HCB), localizada na província central de Tete.
 
Várias ações pretendem aumentar a taxa de cobertura dos consumidores de energia elétrica para 80 por cento, contra os 18 por cento atuais.
 
Três distritos de Manica não têm energia elétrica da rede nacional e são atualmente abastecidos através de grupos geradores.
 
O governo introduziu o sistema 'fogão poupa lenha', para poupar combustível, a instalação de mini-hídricas e sistemas fotovoltaicos, e uso de energia iónica em oito dos dez distritos de Manica, na maioria sistematicamente devastados por queimadas descontroladas, mas as soluções estão longe de responder ao problema.
 
Dados indicam que em 2011, 185.665 hectares de terra, quase toda arável, sofreram queimadas descontroladas, quase o triplo da área queimada em 2010 (68.070 hectares).
 
O número de incêndios ativos subiu de 16.229 focos em 2011, para quase o dobro até agosto de 2012. A maioria dos focos de incêndios foi causada por caça a ratazanas.
 
"A população tem na natureza o seu único recurso de sobrevivência", disse um dos participantes num seminário que juntou o governo e lideranças religiosas e comunitárias, em que foi discutido a problemática de mudanças climáticas e outros temas transversais.
 
AYAC
 
X Congresso arranca hoje com sucessão de Presidente no horizonte
 
23 de Setembro de 2012, 06:43
 
Pemba, Moçambique, 23 set (Lusa) - Cerca de quatro mil delegados da Frelimo, partido no poder em Moçambique, reúnem-se a partir de hoje em Pemba, norte do pais, no X Congresso do partido, dominado pelo cenário da sucessão presidencial.
 
O nome do candidato à sucessão de Armando Emílio Guebuza na Presidência da República não sairá da reunião de cinco dias, mas a eleição do comité central, o principal momento do congresso, vai servir para contar espingardas no partido que governa Moçambique desde 1975.
 
Será este órgão de cúpula a nomear o candidato da Frelimo às presidenciais de 2014, e, face ao estado em que se encontra a oposição, Renamo e MDM, o seu provável vencedor, pelo que as várias correntes tentarão colocar o maior número de elementos no comité central.
 
Armando Guebuza, único candidato à sua sucessão na presidência do partido, aparenta vantagem sobre outras "fações", como a de Joaquim Chissano, e poderá dispor de margem de manobra para impor o seu candidato à Presidência da República.
 
Pemba, capital da província de Cabo Delgado, já está a abarrotar, com todos os hotéis lotados e os voos cheios, com a esperada presença de cinco mil pessoas, entre delegados, pessoal de apoio, jornalistas e convidados.
 
A cidade sofreu benefícios em termos de aumento de capacidade energética e de telecomunicações e foi construído de raiz o pavilhão onde se realiza o X Congresso.
 
LAS
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 
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